Apesar de os dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) apontarem crescimento de 5,39% no emprego formal em 2021 em relação a 2019, com um estoque de vagas de 48.728.871 vínculos no fim de dezembro, a renda média do trabalho caiu desde 2017, ano que a reforma trabalhista entrou em vigor.
As consequências da nova legislação atingiram em cheio o bolso do trabalhador e a política ultraliberal do governo Bolsonaro piorou. A retração na renda foi de 3,80% de 2020 para 2021. Metade dos empregados ganhava até R$ 1.995,00. Ou seja, menos de dois salários mínimos. A perda é de, aproximadamente, 6,5% desde 2017.
A partir de 2023, o governo Lula tem vários desafios. Além de retomar política de valorização do salário mínimo, com efeito multiplicador, rever os aspectos da reforma trabalhista deve estar entre as prioridades. Uma das medidas deve ser o fortalecimento das entidades sindicais, para valorizar as negociações coletivas e, desta forma, melhorar a remuneração dos trabalhadores.
Fonte: SBBA.