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Cortes de investimentos e direitos em 2017

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Desde a chegada de Temer ao poder, a realidade tem ficado cada vez mais dura para a classe trabalhadora. O projeto econômico apresentado prevê enxugar o orçamento do setor público como saída para o reequilíbrio econômico do país, no entanto, apenas os trabalhadores estão sendo sacrificados com a retirada de direitos conquistados a partir de lutas históricas.
Com a reorganização dos ministérios e a chegada de Henrique Meirelles ao Ministério da Fazenda, foi colocado em debate o ajuste fiscal. No dia 13 de dezembro do ano passado, a PEC 55 foi aprovada pelo senado, autorizando o congelamento dos investimentos no setor público durante 20 anos, corrigido apenas pela inflação. Tal medida significa intensificar ainda mais a precarização em setores como a saúde e educação, mas não afeta o pagamento dos altos juros da dívida pública ou dos benefícios aos bancos e ao mercado.
Para além disso, enquanto discute a reforma da Previdência, o governo Temer tenta aprovar em caráter de urgência a reforma trabalhista. O projeto prevê a negociação do intervalo entre jornadas, extensão de acordo coletivo após a expiração, entrada no Programa de Seguro-Emprego, plano de cargos e salários, banco de horas, parcelamento das férias, remuneração por produtividade, trabalho remoto e registro de ponto, o que na prática significa o fim da CLT e uma maior exploração dos trabalhadores.
Já a reforma da Previdência, prevista para o primeiro semestre de 2017, torna ainda mais distante a aposentadoria e até mesmo impossível para alguns trabalhadores. Segundo pesquisa do IBGE de 2016, a expectativa de vida no estado de Alagoas é de 66 anos, enquanto isso a proposta de reforma do governo fixa idade mínima de 65 para requerer aposentadoria e eleva o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 25 anos, sem levar em consideração o tipo de serviço prestado.
Diante deste cenário, o presidente do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região, Paulos Barrocas, aponta a necessidade urgente de organização da luta para impedir esses retrocessos. “É preciso que os trabalhadores saiam do comodismo antes que seja tarde demais para barrar os ataques do governo Temer com o apoio da maioria do congresso. É necessário intensificar as mobilizações da categoria bancária em 2017 contra esses projetos nefastos e as ameaças aos bancos públicos”, conclui.

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