Cerca de 500 representantes das centrais sindicais, sindicatos, federações e confederações se reunirão nesta quarta-feira (18), às 10h, no Palácio do Planalto, em Brasília, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
No encontro, há expectativa de criação de um grupo de trabalho para reinstalar a Política de Valorização do Salário Mínimo. Além da mesa nacional de negociação, entre outros benefícios para a classe trabalhadora, as instituições defendem a regulamentação do trabalho por aplicativos e o fortalecimento da negociação coletiva.
“Um dos compromissos de campanha do presidente Lula foi a retomada da Política de Valorização do Salário Mínimo, que chegou a atingir, no seu segundo governo, uma valorização de 70%, a maior das últimas cinco décadas. Então, a Política de Valorização do Salário Mínimo está no centro das principais propostas do governo e não há razão para um ruído entre a Fazenda e a Presidência. Se nós queremos dar voz a um programa de reconstrução e transformação do Brasil, a Política de Valorização do Salário Mínimo é uma importante sinalização, senão os trabalhadores e trabalhadoras ficarão reféns do mercado”, avaliou o presidente da CTB, Adilson Araújo.
Segundo pior mínimo do mundo
Atualmente, de acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil tem o segundo pior salário mínimo real entre 31 países, atrás de outros vizinhos da América Latina, como Colômbia e Chile.
Para este ano, o piso salarial foi fixado em R$ 1.302, um reajuste de 7,4% — superior aos 5,93% da inflação registrada no ano passado. No entanto, as entidades de classes defendem um incremento de 10,7%, com aumento para R$ 1.342. Ou seja, um acréscimo de R$ 130 na renda de 60,2 milhões de trabalhadores, aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A Política de Valorização do Salário Mínimo tinha sido instituída no primeiro governo Lula, em 2003, mas foi descontinuada em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Fonte: CTB.