A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) começa, na prática, nesta terça-feira (6) quando deve ser votado ao plano de trabalho proposto pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que será a relatora dos trabalhos. Há ainda a expectativa de votação de um convite para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) preste depoimento aos senadores que farão parte do colegiado.
“O plano de trabalho pretende fazer uma investigação de todo o processo golpista, não apenas nos fatos ocorridos no dia 8 (de janeiro), onde os bolsonaristas querem fazer pensar que foi apenas uma manifestação democrática. Nada disso. Foi o final de um processo golpista que teve como mandante o ex-presidente Bolsonaro”, disse Correia.
Segundo ele, o plano de trabalho proposta por Eliziane vai investigar desde atos ocorridos no segundo turno das eleições, quando Bolsonaro já verbalizava que não aceitaria outro resultado que não fosse sua vitória.
“Vamos lembrar também questões do passado, quando o ex-presidente sempre incitava a questão do golpe no Brasil”, emendou o deputado.
Em entrevista à TV Senado, Eliziane afirmou que conversou com líderes de vários partidos que integram a comissão para compor o plano de trabalho.
“Nosso plano de trabalho vai tentar aproximar o máximo possível do sentimento da maioria da CPMI. Faremos um plano de trabalho importante, conciso e focado no objeto principal, que é exatamente a investigação acerca dos atos do 8 de janeiro”, afirmou.
Na primeira reunião, no dia 25 de maio, a CPMI escolheu Eliziane Gama como relatora e o deputado federal Arthur Maia (União-BA) como presidente. A comissão parlamentar mista de inquérito terá 180 dias para apresentar e votar o relatório final.
Em seguida, as conclusões, recomendações e eventuais indícios de irregularidades encontrados durante o processo serão encaminhados ao Ministério Público, à Polícia Federal ou a outros órgãos competentes para que sejam tomadas as medidas cabíveis com base nas conclusões e recomendações da CPMI.