Após alguns adiamentos, o novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) deverá ser lançado no dia 11 de agosto, com o aporte da União da ordem de R$ 240 bilhões — R$ 60 bi anuais — ao longo do governo Lula. Para além dos recursos públicos, o programa também deverá contar com parcerias público-privadas, o que elevará o montante a ser usado pelo programa.
As informações foram dadas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, em entrevista ao canal BandNews nesta terça-feira (25). “Está na agenda do presidente que dia 11 de agosto será lançado o PAC. O carro-chefe são os investimentos em infraestrutura; também temos investimentos na área social, com a construção de escolas, creches e unidades hospitalares hospitais”, explicou.
Além disso, o ministro destacou que também haverá “investimentos fortes para melhorar a logística e a infraestrutura”, o que acaba gerando empregos e contribuindo para a redução de custo da produção, tornando o país mais competitivo. Ele acrescentou que o programa Minha Casa, Minha Vida também fará parte da estratégia do PAC.
Recentemente, foi noticiado que o novo PAC também terá, como um de seus eixos, a capacitação e a recolocação profissional por meio do Qualifica PAC, com o objetivo de evitar a falta de mão de obra capacitada para a viabilização das ações do programa. Outra possibilidade que está sendo estudada pelo governo é empregar no PAC a população usuária dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.
Segundo o ministro, o PAC também terá concessões públicas de rodovias, portos e aeroportos. “E teremos também de forma inovadora projetos de PPP — Parceria Público Privada — executadas diretamente com o governo federal em parceria com estados e municípios”, assinalou.
Taxa de juros
Durante a entrevista, Rui Costa também voltou a criticar o alto patamar da taxa de juros estabelecida pelo Banco Central e mantida há meses em 13,75%, mesmo com o cenário econômico mostrando avanços importantes, como o aumento do PIB e a queda na inflação.
“Só falta cair um indicador para que o Brasil cresça de forma mais substantiva, que é a taxa de juros. Os empresários estão esperando, a população mais pobre está esperando. A dona de casa que precisa trocar a geladeira está esperando a taxa de juros cair para poder ir na loja e financiar sua geladeira com uma prestação bem mais barata. Essa é a nossa expectativa para viabilizar os investimentos do PAC”, declarou.
Ele destacou ainda que seria preciso ir além da diminuição de 0,25 ponto percentual, como já foi sinalizado. Após queda no IPCA-15 — com deflação de 0,07% — e indicativos do boletim Focus de redução nas expectativas de inflação, crescem as apostas para que, na próxima reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 1 e 2 de agosto, o corte seja de 0,5 pp.
Fonte: Vermelho.