“Isso está criando transtornos aos aposentados, que são obrigados a irem ao banco mais de uma vez, e aos funcionários, que precisam realizar, pelo menos, duas vezes mais atendimentos, e porque são alvos das reclamações dos aposentados”, disse o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Banco Mercantil, Marco Aurélio Alves. “Eles estão certos em reclamar, mas as reclamações devem ser direcionadas ao Banco Mercantil e denunciadas ao Banco Central”, orientou.
Segundo Marco Aurélio, não existe resolução do Banco Central que proíba o limite de saque diário, como o imposto pelo Banco Mercantil, o que permite que cada banco estabeleça suas regras. “Mas estamos consultando nossa assessoria jurídica para verificar se há algo que possa ser feito para impedir que o banco prejudique os aposentados e os funcionários”, disse.
O coordenador da COE disse ainda que o Banco Mercantil será comunicado sobre esses problemas para que tome as providências para evitá-los. “Não sabemos o que levou o banco a tomar tal medida. Se se trata de uma questão de segurança, para evitar roubos de todo o valor recebido pelo aposentado no mês, ou se é algo comercial, para forçar a ida deles mais de uma vez na agência, aumentando a possibilidade de venda de produtos para esse público. Mas a decisão pelo saque parcelado deveria ser de cada um, não uma coisa forçada pelo banco”, avaliou. “Teremos uma reunião com o banco em alguns dias e vamos tratar deste assunto”, completou.