Sindicato dos Bancários Sindicato dos Bancários
Movimento sindical enviou ofício cobrando retratação pública do banco e estuda solicitar ação no Ministério Público do Trabalho (MPT)
O Banco Mercantil enviou um comunicado interno a seus funcionários e funcionárias com orientações sobre como lidar com jornalistas ou representações sindicais em seus pontos de atendimento. A mensagem, distribuída na última sexta-feira (12), incluía um posicionamento antissindical por parte do banco.
Em um trecho do documento, o Mercantil orienta que os trabalhadores reportem qualquer “movimentação estranha em seu ponto de atendimento – como do Sindicato” para a assessoria de imprensa do banco. “Esse discurso demonstra a posição antissindical do Mercantil, que utilizou seus meios de comunicação para qualificar as atividades sindicais como uma ‘movimentação estranha’, afirmou o Coordenador nacional da Comissão de Organização dos Empregados (COEBMB), Marco Aurélio Alves, ao lembrar que o papel do sindicato é justamente o de estar presente nas unidades, dialogando com os funcionários e zelando pelo cumprimento dos direitos trabalhistas previstos na legislação e na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
A Comissão já enviou um ofício cobrando uma retratação pública do Mercantil e, agora, estuda solicitar a intermediação do Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre o caso. “Somos bancários e estamos exercendo o mandato sindical. Não somos uma ‘movimentação estranha’ dentro das unidades, como o comunicado tenta nos depreciar. Os sindicatos são as representações legítimas dos funcionários e estes devem ter o direito de nos receberem, sempre que for necessário, sem necessidade de se reportarem a nenhuma assessoria de imprensa do banco”, disse.
“O ofício já foi enviado cobrando esclarecimentos e uma retratação pública do banco sobre o ocorrido, mas em mais uma demonstração de descaso aos trabalhadores e às organizações sindicais, o comunicado interno ainda se mantém ativo na Intranet”, lamentou Vanderci Antônio, diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte.
Fonte: Contraf
