No próximo sábado (27), completa 62 anos desde que os filiados e filiadas se reuniram em assembleia para transformar a Associação Profissional dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Vitória da Conquista no Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista.
Desde o início, a entidade sindical atuou na defesa dos trabalhadores. Em 1963, os bancários de Conquista participaram do movimento grevista que conquistou 75% de reajuste, mais 35% a partir do ano seguinte, para os funcionários que atuavam na Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e Paraná, enquanto o restante do país assinou um acordo com porcentagem menor. Contudo, em 1964, após o golpe que instaurou uma ditadura militar, o então presidente do SEEB/VCR, José Luis Santa Isabel, foi preso na agência do Banco do Brasil, durante o expediente, pelo 19º Batalhão de Caçadores do Exército.
No período da ditadura, o Sindicato continuou existindo de forma quase burocrática e sem representar realmente os interesses dos trabalhadores.
A partir de 1985, após a reabertura política e do surgimento do movimento Consciência Bancária, a organização voltou a ser atuante, com expansão da base para os 45 municípios que compõem a entidade atualmente, a criação de novas diretorias, e a ampliação das mobilizações e dos eventos de integração. Em 2014, com a nova diretoria, o SEEB/VCR inicia uma gestão com base na valorização da categoria.
Ao longo dos anos, a entidade sindical encampou diversas lutas históricas, como a conquista da Campanha Nacional Unificada, da jornada de seis horas, da PLR, do vale-refeição e alimentação, da 13ª Cesta Alimentação, das licenças-maternidade e paternidade ampliadas, do auxílio-creche, do abono-assiduidade, entre outras.
Em 2023, após os atos golpistas do dia 8 de janeiro, o Sindicato se posicionou, mais uma vez, em defesa do Estado Democrático de Direito e da Constituição, para que os desmandos da ditadura militar e a repressão à classe trabalhadora não voltem a se repetir.
Contudo, ainda há muito pelo que lutar: demissões, assédios, adoecimento e metas abusivas ainda são problemas comuns a toda categoria.
Além disso, as reformas implantadas nos governos Temer e Bolsonaro removeram direitos da classe trabalhadora e ampliaram as desigualdades sociais. Reverter este retrocesso será fundamental para construção de uma sociedade mais igualitária.
“Essa linha histórica da atuação do nosso Sindicato mostra o quanto é necessário manter a categoria mobilizada em torno de uma entidade forte e atuante, tanto para os bancários e bancárias, como para a sociedade e outros conjuntos de trabalhadores, como temos feito nos últimos anos”, conclui Leonardo Viana, presidente do SEEB/VCR.