Pesquisa produzida pela FGV fez um levantamento sobre as brasileiras que ficam fora do mercado de trabalho após a licença-maternidade. O estudo foi feito com 247.455 mulheres, com idade entre 25 e 35 anos no momento do afastamento e que tiraram a licença entre os anos de 2009 e 2012. Confira os pontos mais importantes:
➡ A partir do 5º mês, começa a queda: 5% já não trabalham mais a partir do 6º mês, 15% a partir de 1 ano, 48% não retornam aos seus postos de trabalho.
➡ O índice de mulheres desligadas do emprego após a licença-maternidade varia conforme a escolaridade
➡ O percentual de afastamentos 12 meses após o início da licença-maternidade foi de 51% para mulheres com escolaridade inferior ao ensino fundamental completo; 53% para quem tinha o ensino fundamental completo; 49% para aquelas com o ensino médio completo; e 35% para as que tinham escolaridade acima do ensino médio.
➡ A taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho é bem mais baixa que a dos homens. O percentual de mulheres empregadas entre 25 e 44 anos de idade e com um filho de até um ano de idade cai para 41%. No caso dos homens, o perfil é oposto: 92% dos homens com filhos de até um ano estavam trabalhando.
➡ “Após o fim da licença, muitas mulheres não conseguem encontrar um atendimento que cuide do filho para que elas possam trabalhar – especialmente as mulheres com escolaridade mais baixa”, observa a pesquisadora, sugerindo a adoção de horários mais flexíveis no mercado de trabalho como alternativa para acolher trabalhadoras com filhos pequenos.
Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV