Nesta quinta-feira (24), às 9h, o Sindicato dos Bancários vai para a porta do Santander denunciar o descaso do banco com a categoria bancária. Estamos enfrentando um cenário brutal em todo o mundo com a pandemia da Covid-19. Nem mesmo um cenário atípico como esse tem sido capaz de amenizar a ganância dos bancos por lucro.
O setor bancário foi um dos poucos que continuam lucrando mesmo a recessão econômica no Brasil. O Santander Brasil é a subsidiária mais lucrativa do banco espanhol. Só no primeiro semestre deste ano alcançou R$6 bilhões de lucro líquido. A receita usada pelos gestores continua sendo demitir funcionários, fechar agências, aumentar a exploração das funcionárias e funcionários e garantir uma alta taxa de juros para os clientes. Enquanto o Santander enche os bolsos as condições de trabalho se tornam cada vez mais precarizadas.
Os gestores anunciaram no meio do ano uma projeção de corte de 20% do quadro de funcionários, o que significa quase 10 mil novos desempregados em nosso país. Essa postura do banco é inaceitável. Por isso, a categoria está mobilizada neste Dia Nacional de Luta no Santander em defesa do emprego e contra as demissões que o banco tem promovido em todo o país.
“Apesar do compromisso de não demitir em um momento tão difícil como este de pandemia, o Santander desrespeita a tudo e a todos e segue demitindo. Já são mais de mil funcionários desligados até o momento nesse ano de 2020 e isso só prova que o banco pouco se importa com seus colaboradores, que tanto contribuem para a lucratividade. O descaso também acontece com seus clientes e a sociedade, pois precariza ainda mais o atendimento e a prestação de serviços, não levando em consideração o impacto dessas demissões. Mesmo lucrando de forma exorbitante, o banco segue com essa postura inaceitável”, denuncia Wolney Soares, bancário do Santander e diretor do SEEB/VCR.