Os trabalhadores paralisaram as atividades no Vila Santander, em São Paulo, desde as primeiras horas de sexta-feira (25), contra o descumprimento do acordo pelo banco e a implementação da reforma trabalhista. No local funciona o call center do banco, que atende ligações de todo o país.
“Os bancários que atuam nesta unidade sofrem com a sobrecarga de trabalho, falta de treinamento e ainda são assediados moralmente para que cumpram metas. Estes são alguns dos motivos que nos levaram a paralisar as atividades”, explicou Mario Raia, secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e funcionário do banco Santander.
O dirigente disse ainda que os atendentes fazem serviços de caixa, de gerente de agência, cumprem metas de vendas de produtos e ainda precisam resolver problemas para os quais não receberam qualquer capacitação.
Demissões
Segundo informações do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, além de sofrerem com a sobrecarga de trabalho, assédio moral e as metas abusivas, os trabalhadores sofrem com a instabilidade de emprego e o risco iminente de demissões.
“O banco se impôs a meta de aumentar o seu lucro em 20% sobre um resultado que já foi exorbitante em 2017, mas começou 2018 com o número explosivo de demissões. Isso significa que haverá ainda mais exploração dos trabalhadores que continuam no banco”, observou o dirigente da Contraf.
Nos primeiros 20 dias de maio o banco demitiu 100 funcionários que trabalhavam no Vila Santander.