Enquanto o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, recomenda que todos “fiquem em casa, salvem vidas” e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, envia cartas à população norte-americana com recomendação de ficar em casa, o presidente Bolsonaro segue na direção oposta.
Foi divulgado nessa sexta-feira (27) uma campanha publicitária para defender o fim do isolamento no Brasil, com o slogan “O Brasil Não Pode Parar”. O custo da contratação das peças foi de R$ 4.897.855,00. Além disso, a contratação foi classificada com emergencial, sendo realizada sem licitação.
Segundo informações levantadas pelo projeto Our World in Data, baseado na Universidade de Oxford, o Brasil é um dos que menos fazem testes, o que pode levar autoridades a subestimar a presença do vírus.
No último domingo (29), o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, admitiu que errou ao apoiar a campanha “Milão não para” que, há um mês, a iniciativa incentivou os habitantes da cidade a continuar com suas atividades normais, mesmo em meio à pandemia no novo coronavírus. Na ocasião, a região da Lombardia, na qual Milão fica localizada, tinha 250 pessoas infectadas pelo vírus. Até a manhã desta sexta-feira, havia mais de 34.889 casos da doença confirmados na região, com 4.861 mortes, mais do que em qualquer outro ponto do país.