Níveis altos de desemprego, população abaixo da pobreza e informalidade são fatores que contribuem para levar o Brasil a ocupar o nono lugar no ranking dos países mais desiguais do mundo.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Índice de Gini – que mede a concentração de renda e quanto mais perto de um, pior é esta distribuição – ficou em 0,543 em 2019. Em 2015, um ano antes do golpe, estava em 0,524.
Outra forma de se olhar a desigualdade é quanto cada faixa de renda se apropria dos recursos totais. Segundo a pesquisa, os 10% mais pobres, “embora mantendo uma parcela em torno de 1% do total, perderam 17,5% de participação de 2012 a 2019”. Entre os mais ricos, não houve alteração. Os 10% que têm mais renda continuam se apropriando da mesma parcela de recursos: em 2012, concentravam 43% da renda. No ano passado, 43,1%.
Nos últimos anos, com o projeto neoliberal em curso no Brasil, a situação tem se agravado e chega a níveis preocupantes. De 2018 para 2019, a pobreza, medida pelo critério de renda abaixo de US$ 5,5 por dia foi de 25,3% para 24,7% da população. Em 2015, o índice era de 23,7%. Como o governo Bolsonaro não cria políticas voltadas para socorrer os mais pobres, muito pelo contrário, ataca as já existentes, a miséria país tende a crescer.
Fonte: SBBA.