País atingiu menor marca desde abril no último dia 11 , mas, em sete dias, os casos fatais voltaram a crescer sem trégua
A média móvel de mortes por causa da covid-19 no Brasil chegou a 584 nesta quarta-feira (18), uma semana depois de ter atingido o menor patamar registrado desde abril. Os dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) indicam que o número voltou a crescer sem trégua desde o dia 11 de novembro. Na ocasião a desaceleração fez a média chegar a 323, resultado menos expressivo dos últimos 6 meses.
As informações do Conass também indicam alta no número de contágios. Em 6 de novembro o resultado estava um pouco acima dos 16,3 mil. Pouco mais de vinte dias depois, a média móvel de contaminados pela covid alcançou 28.313.
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Nesta quarta-feira (18), o conselho confirmou 34.091 novas infecções pelo coronavírus. O total de pessoas que pegaram a doença em território nacional chegou a 5.945.849. O novo coronavírus já causou a morte de 167.455 pacientes no Brasil. Em 24 horas, foram 756 óbitos.
Estados e municípios em alerta
As sucessivas altas nos dados da covid-19 no país são traduzidos no cenário observado em diversas cidades e unidades da federação. Na capital do Rio de Janeiro, por exemplo, a ocupação de unidades de terapia intensiva (UTIs) chegou a 97% nesta semana. A Secretaria de Saúde enviou um comunicado às unidades de atenção primária com um alerta.
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No texto, o órgão chama atenção para o “expressivo aumento no número de atendimentos de síndrome gripal, casos confirmados e internações por covid-19 nas últimas semanas”. Há também a recomendação de reativação de alas para casos dessa natureza e possível adiamento de atendimentos de pacientes com doenças crônicas.
Em Santa Catarina foi registrado o maior número de confirmações diárias da doença na terça-feira (17). Foram mais de 5,1 mil novos pacientes. O total de casos ativos da covid-19 na região também é o mais expressivo já registrado. Os infectados somaram 19.164. No Mato Grosso do Sul, o governo já admite que os números podem alcançar patamares superiores aos de julho e agosto.
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A gestão estadual do Amazonas abriu mais de 40 leitos de UTI nas últimas semanas e estuda a possibilidade de instalação de hospitais de campanha. No Rio Grande do Norte, a ocupação de leitos hospitalares aumentou mais de 12% na rede privada, em um período de sete dias. Mais de metade dos internado apresentam sintomas graves.
Em Belo Horizonte, a taxa de transmissibilidade (Rt) do coronavírus apresenta crescimento diário desde a sexta-feira (9). Nesta terça-feira (17), o índice alcançou 1,13, resultado mais expressivo desde julho. Isso significa que a propagação do coronavírus na capital mineira está fora de controle. Cada 100 infectados têm potencial de contaminar outras 113 pessoas, relação que segue crescendo a cada novo grupo de contaminados.
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Situação semelhante ocorre na Paraíba, que tem Rt ainda superior. No estado a taxa chegou a 1,25, bem acima do índice nacional de 1,17. Em Pernambuco, a média móvel de casos cresceu mais de 80% em duas semanas.
No Espírito Santo, o governo estadual divulgou diversos alertas sobre o avanço mais acelerado de casos, internações e óbitos. O secretário de Saúde, Nésio Fernandes, usou as redes sociais para informar que o surto em novembro terá proporções maiores do que as registradas no primeiro pico da doença. Segundo ele, o crescimento foi notado a partir da segunda metade de outubro, primeiro nas enfermarias e agora nas UTIs.
Saiba o que é o novo coronavírus
É uma vasta família de vírus que provocam enfermidades em humanos e também em animais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que tais vírus podem ocasionar, em humanos, infecções respiratórias como resfriados, entre eles a chamada “síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS)”.
Também pode provocar afetações mais graves, como é o caso da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SRAS). A covid-19, descoberta pela ciência mais recentemente, entre o final de 2019 e o início de 2020, é provocada pelo que se convencionou chamar de “novo coronavírus”.
Como ajudar quem precisa?
A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.
Fonte: Brasil de Fato