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Brasil tem 1.386 mortos em um dos dias mais letais da covid-19

O Brasil registrou mais um dia de alta letalidade da covid-19. Nas últimas 24 horas foram 1.386 vítimas do coronavírus. É o segundo dia com mais mortos da “segunda onda”, superando o 9 de fevereiro, que marcou 1.350. O número de novos casos também teve um dia de forte crescimento: foram 62.715 infectados em 24 horas, de acordo com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).

Com os acréscimos, o Brasil chegou a 248.529 mortos e 10.257.875 infectados desde o início do surto, em março do ano passado.

A curva epidemiológica de mortes segue em crescimento e tem níveis similares ao até então pior momento da pandemia, registrado entre junho e setembro de 2020.

Há mais de um mês a média diária de vítimas, calculada em sete dias, está acima de mil. Enquanto isso, impasses sobre vacinas persistem.

 

Vacinas salvam vidas

Ontem, os Estados Unidos bateram a marca de 500 mil mortos pela covid-19, de acordo com a Universidade Johns Hopkins. O país norte-americano é o mais afetado pelo coronavírus do mundo, seguido pelo Brasil em relação ao número de mortos. Em comum, os dois contaram com governos negacionistas durante grande parte da pandemia.

Donald Trump deixou a presidência dos Estados Unidos, mas o Brasil segue sob comando de Jair Bolsonaro.

Desde o início do surto, Bolsonaro minimizou a pandemia e atacou medidas protetivas como isolamento social e uso de máscaras. Também atacou a Organização Mundial da Saúde (OMS) e as recomendações da ciência contra o vírus. Nos Estados Unidos, Trump seguiu caminho parecido, apesar de menos radical.

Agora, os norte-americanos convivem em um cenário de mais esperança. O novo presidente do país, o democrata Joe Biden, adotou uma política agressiva de vacinação e deixa expresso o objetivo de alcançar imunidade coletiva por intermédio das vacinas até o meio do ano.

Já foram aplicadas 64 milhões de doses em mais de 13% da população. Assim, há uma grande redução nos números da covid-19 e há mais de cinco semanas cai a quantidade de pessoas contaminadas e mortas.

Do outro lado, a covid-19 segue em elevação no Brasil, que aplicou apenas 7 milhões de doses, ou 2,76% da população.

O governo Bolsonaro mantém um programa errático e frágil de imunização. A morosidade diante da necessidade de vacinas fez com que os outros dois poderes, Legislativo e Judiciário, se movimentassem. Hoje, a Câmara dos Deputados aprovou uma Medida Provisória para desburocratizar e acelerar a aquisição e aprovação de vacinas.

Enquanto isso, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou estados e municípios a comprarem vacinas por conta própria, diante do não cumprimento do Programa Nacional de Imunização pelo governo Bolsonaro.

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