Após o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) defender a necessidade de promover mudanças ainda mais cruéis na legislação trabalhista e dizer que é horrível ser patrão no Brasil, as centrais sindicais emitiram nota em que condena a atitude e o fim do Ministério do Trabalho e Emprego, anunciado novamente pelo novo governo.
As centrais, como a CTB, afirmam que “é lamentável que em um país com 13 milhões de desempregados, o presidente eleito faça tal declaração para agradar os empresários que financiaram e apoiaram sua eleição”.
Também condenam o esquartejamento do Ministério do Trabalho, criado em 1930 por Getúlio Vargas. “Vale lembrar que sua função é elaborar uma política de emprego e geração de renda, fiscalizar as relações de trabalho, coibir o trabalho degradante e a programação do trabalho infantil, gerir o seguro desemprego, promover a formação dos trabalhadores e zelar pela segurança e saúde no trabalho”, diz o documento.
Ainda segundo a nota, “o Brasil precisa de um Ministério do Trabalho forte, parceiro e protagonista na luta pela humanização das relações sociais de produção, contra a recessão e pela retomada do crescimento econômico do país, com respeito aos direitos sociais, previdenciários e trabalhistas da classe trabalhadora, geração de empregos decentes, distribuição de renda e inclusão social”.
Fonte: SBBA.