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Conheça 9 marcas famosas envolvidas com trabalho escravo

Para elevar em escalas extraordinárias seus lucros, os capitalistas se utilizam de muitos meios, um deles é a mão de obra na condição análoga ao trabalho escravo, diminuindo ainda mais os custos na produção. Diante da crise econômica, o governo Temer e seus aliados buscaram adequar a legislação brasileira para servir às novas demandas dos empresários que precisam explorar cada vez mais para obter lucros. Este mês, em portaria publicada no Diário Oficial da União, o Ministério do Trabalho alterou os conceitos de trabalho forçado, jornada exaustiva e condições análogas à de escravo, para fins de concessão de seguro-desemprego. A norma também altera o modo como é feita a inclusão de empresas na chamada “lista suja” do trabalho escravo. Somado a isso, Temer cortou as verbas do Ministério do Trabalho para que possam investigar trabalhadores nessas condições e impôs barreiras para dificultar as fiscalizações, o que praticamente legaliza o trabalho escravo no Brasil.

Abaixo, veja 9 marcas que foram investigadas por trabalho análogo à escravidão:

1) Zara

Uma grande marca de roupas, com lojas por todo mundo, foi punida por trabalho escravo muitas vezes. Houve notícias nos anos de 2011, 2014, 2015, 2017. Todas as vezes por manter linhas de produção de suas roupas sob um regime de análogo a escravidão, chegando a ser multada em 5 milhões de reais. (fonte)

2) Apple, HP e Dell

Todas essas empresas de produtos eletrônicos tem seus aparelhos montados em uma fábrica chamada Foxconn. Na china, esta empresa mantem seus funcionários em condições de risco, como exposição à produtos químicos, e são obrigados a assinar um termo de “não-suicídio” no contrato de trabalho. (fonte)

3) Sadia e Perdigão

A empresa dona das marcas como Sadia, Perdigão, Batavo e Elegê, a Brasil Foods (BRF), foi condenada a pagar 1 milhão de indenização por manter trabalhadores em condição análoga a escravidão em Iporã, interior do Paraná.
(fonte)

4) Renner

A Renner, uma grande varejista de roupas com lojas por todo Brasil, foi responsabilizada por manter 37 costureiros bolivianos sob condição de trabalho escravo em São Paulo no ano de 2014. (fonte)

Condições em que viviam uma família boliviana na oficina clandestina (direita)

5) Coca-Cola

Dois centros de distribuição de produtos da Coca-Cola em Minas Gerais identificou 179 caminhoneiros e ajudantes trabalhando por jornadas exaustivas, chegando a fazer me média 80 horas extras semanais.(fonte) Além disso 
Foi acusada em investigação do The Independent de utilizar trabalho escravo em uma plantação de laranjas na Calabria, Itália com imigrantes africanos.

6) M.Officer

Um casal boliviano foi encontrado produzindo peças da marca de roupas M.Officer no bairro de Bom Retiro, em São Paulo. Onde viviam e também trabalhavam era um lugar sem condições básicas nenhuma: não tinha cozinha, instalações elétricas irregulares e sem condições de higiene e limpeza. (fonte)

7)Victoria’s Secret

A menina Clarisse Kambire de Burkina Faso em entrevista á Bloomberg (aqui) revelou ter sido forçada a plantar e a colher algodão sofrendo abuso físico. A unica medida da empresa foi retirar o selo do comércio justo, “fair trade”, de suas marcas que deveriam em tese ser uma garantia contra a exploração dos trabalhadores.

8) Pernambucanas

A rede das Lojas Pernambucanas, conhecida por comercializar produtos eletrodomésticos, eletrônicos, roupas e artigos de casa, teve roupas de uma de suas coleções outono-inverno produzidas sob condição de trabalho escravo. Foram 16 bolivianos encontrados na Zona Norte de São Paulo. (fonte)

9) Marisa

A magazine de roupas Marisa se envolveu com trabalho escravo e foi denunciada duas vezes: em 2007 e 2010. A rede também utilizava mão de obra boliviana em regime análogo a escravidão na produção de suas peças. (fonte)

Apesar da resistência do governo Temer, que se recusava a divulgar os nomes da empresas denunciadas por trabalho escravo, veio a ser divulgada uma lista chamada “lista suja” com 250 lugares, dentre elas há fazendas de plantação, obras de universidades, obras de construção civil, carvoarias, entre outros.

Confira aqui a lista completa do Ministério do Trabalho.

 

Fonte: SEEB/VCR com informações do Esquerda Diário

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