A taxa média de desocupação em 2018 foi a maior dos últimos sete anos em 13 capitais do país. Dezenove capitais tiveram índice de desemprego maior que a média nacional de 12,3% no ano passado. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (22).
Taxa média de desocupação anual nas capitais em 2018: Florianópolis, Campo Grande e Goiânia foram as capitais com a menor taxa de desemprego apurada em 2018. Macapá, Manaus e Maceió foram as com o maior índice de desocupação. Capitais que tiveram recorde de desemprego em 2018: Apesar de ser a segunda capital com maior índice de desemprego, Manaus não está entre as capitais com recorde em 2018 porque a taxa caiu de 20,2% em 2017 para 18,1% em 2018. Já Salvador foi a capital com maior crescimento na taxa, de 14,9% pra 16,1%. No entanto, o recorde da capital baiana foi em 2016, com 17,1% Estados que registraram menor contingente de pessoas ocupadas em 2018: A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,6% no trimestre encerrado em dezembro do ano passado, atingindo 12,2 milhões de brasileiros. A taxa representa uma estabilidade frente ao trimestre encerrado em novembro e um recuo de 0,3 ponto percentual em relação ao 3º trimestre (11,9%). No ano de 2018, a taxa média de desocupação foi de 12,3%, ante 12,7% em 2017. O Sudeste foi a região com maior proporção de capitais com recorde de desemprego em 2018, com destaque para Vitória, Rio de Janeiro e São Paulo. Metade das capitais do Norte e dois terços das do Nordeste estão nessa situação. Apenas no Centro-Oeste nenhuma capital apresentou alta na taxa de desocupação, segundo o IBGE. Também houve aumentos no desemprego em oito regiões metropolitanas. “Percebe-se que o problema é mais forte nos grandes centros urbanos, acompanhando as maiores concentrações da população. É um desemprego metropolitano, bem maior do que no interior do país”, comenta o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo. Mesmo nos estados em que a desocupação caiu entre 2017 e 2018, a situação não melhorou no longo prazo. “Observamos que nenhuma capital ou região metropolitana teve redução na desocupação entre 2014 e 2018. Ao contrário, há aumentos bastante expressivos no período”, explica. Por regiões, apenas Nordeste (14,9%) e Sudeste (12,9%) tiveram taxa de desocupação maior que a nacional de 12,3%. Norte (12%), Centro-Oeste (9,4%) e Sul (8%) tiveram índices abaixo da média nacional. O número de trabalhadores ocupados com carteira de trabalho assinada também foi o menor em 7 anos no Nordeste, Sudeste e Sul. No Sudeste, o menor contingente de trabalhadores formais foi registrado em 2017, enquanto no Centro-Oeste havia sido em 2012. Entre os estados, foi o menor número de carteira assinada em 13 das 27 unidades da Federação em 7 anos: Segundo o pesquisador, a carteira de trabalho teve queda em todos os estados entre 2017 e 2018. Desde 2014, as quedas são ainda mais expressivas. “Isso revela a qualidade do emprego sendo gerado nos últimos anos. Com a redução da carteira de trabalho e o aumento da informalidade, a contribuição para a Previdência também cai, o que cria problemas mais à frente”, alerta. Em 2018, eram 11,2 milhões de pessoas sem carteira. Frente a 2017, houve aumento de 4,5% (482 mil pessoas). Entre as UFs, as maiores proporções foram no Mato Grosso (54%), Goiás (52,8%) e Maranhão (49,2%), e as menores foram em Santa Catarina (12%), Rio Grande do Sul (17,6%) e São Paulo (18,6%). Segundo o IBGE havia 91,8 milhões de pessoas ocupadas em 2018 – em 2017, eram 90.647. Sudeste era a região com maior número de pessoas trabalhando: Entre os 91,8 milhões de pessoas ocupadas em 2018, 25,4% trabalhavam por conta própria. Entre as UFs, os maiores percentuais foram no Pará (34,8%), Maranhão (33,4%) e Amazonas (33,0%), enquanto os menores ficaram com o Distrito Federal (18,9%), São Paulo (21,4%) e Santa Catarina (22,2%). O percentual de pessoas que estão desempregadas e desistiram de procurar emprego, as chamadas desalentadas, cresceu 12,3% em relação a 2017. Entre as unidades da Federação, Alagoas (16,4%) e Maranhão (15,7%) tinham as maiores taxas de desalento e Rio de Janeiro (1,1%) e Santa Catarina (0,8%), as menores.
Carteira assinada
Número de pessoas ocupadas sobe
Por conta própria
Cresce desalento