“O desafio do movimento sindical é enorme para o próximo ano. Além do desemprego em alta, estamos passando por uma acelerada transformação no mercado de trabalho. Basta citar a desintustrialização da economia e a indústria 4.0”.
A avaliação é do coordenador técnico do DIEESE, Fernando Duarte, que participou da live “O sindicalismo necessário para a atualidade”. O evento foi realizado quinta-feira (08) pela Secretaria de Formação da CTB-MG e contou também com a participação do dirigente da CTB, Nivaldo Santana.
Na opinião de Duarte, a redução do número de trabalhadores nos locais de trabalho (escritório em casa) e o aumento da alienação desses trabalhadores estão entre os principais desafios.
“O sujeito que trabalha no UBER, por exemplo, não se reconhece como trabalhador e acredita que é um empresário, quando, na verdade, é um superexplorado”, afirmou ele.
O coordenador técnico do DIEESE lembrou ainda que, antes da Covid-19, o desemprego alcançava 12,2% da população e hoje atinge 13,8%. “Esse número pode ser maior, pois existem muitas pessoas que desistiram de procurar emprego”, lembra ele.
No próximo ano, o especialista acredita que o desemprego pode alcançar 18,1% da população, na medida em que o governo suspender o auxílio emergencial e o benefício concedido às empresas chegar ao fim.
Fernando Duarte afirmou, ainda, que nove milhões de pessoas no Brasil perderam o emprego desde o início da pandemia. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) revelam que, entre os meses de março e junho, o país registrou um saldo negativo de 1,5 milhão de postos de trabalho.
“Esses números são impactantes”, lamenta o coordenador técnico do DIEESE, ao afirmar que, nos últimos meses, houve uma pequena melhora nesse quadro.
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As lives da Secretaria de Formação da CTB Minas, coordenada pelo Jota, são realizadas quinzenalmente. A live dessa quinta foi mediada por Celina Arêas (coordenadora da Secretaria da Mulher) e contou com o apoio do secretário-geral da CTB-MG, Gelson Alves da Silva e a diretora da SAAEMG, Rogerlan Augusta de Morais.
Fonte: CTB