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Governo e patrões derrubam proposta de ampliação do seguro-desemprego

Não houve consenso na proposta de prorrogação do seguro-desemprego feita pela bancada dos trabalhadores no Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador), composta pelos representantes das seis maiores centrais sindicais – CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT.

Na reunião ocorrida nesta quarta-feira (4/11), as bancadas do governo e dos empregadores no Codefat, esta última formada pelas Confederações Nacionais da Indústria, Agricultura, Turismo, Comércio, Transporte e Sistema Financeiro, votaram contra a concessão de mais duas parcelas do seguro aos desempregados.

A atitude do governo, em conjunto com a bancada dos empregadores, demonstra insensibilidade com a situação dos trabalhadores. O argumento de que a economia está retornando aos níveis de antes da pandemia não se sustenta. Essa retomada parece constar somente em algumas estatísticas selecionadas e noticiários sintonizados com a política neoliberal do governo.

O que mais se vê nas ruas são pessoas vagando em busca de emprego ou pedindo auxílio para o pagamento do transporte ou alimentação. Os últimos números divulgados pelo IBGE atestam o aumento da taxa de desemprego aberto, que bateu novo recordo no trimestre terminado em agosto, subindo a mais de 14%. Cresce o tempo médio que o trabalhador passa na condição involuntária de desempregado.

A proposta de prorrogação do seguro-desemprego foi feita pelos representantes das centrais sindicais no Codefat, com fundamentação política, econômica e jurídica. O próprio governo pediu a constituição de Grupo de Trabalho Especial tripartite para avaliar a proposta, e hoje, simplesmente desconsiderou o extenso relatório do GTE.

Vale lembrar que a proposta da bancada dos trabalhadores passou por uma revisão do Grupo Técnico Especial e por cinco reuniões que resultaram no adequamento aos pareceres dos órgãos de controle.

Mesmo assim, governo e empregadores se mostraram insensíveis e desampararam uma boa parte da população. São cerca de 2,7 milhões de trabalhadores que poderiam ser beneficiados. Pessoas que ainda estão desempregadas e sem acesso a outros programas sociais.

Fonte: Portal-CTB

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