A Caixa Econômica Federal estuda reabrir um Programa de Demissão Voluntária (PDV) em junho com a meta de desligar cerca de 3 mil funcionários, segundo integrantes do Conselho de Administração do banco. A medida faz parte dos planos do governo de reduzir custos e melhorar o resultado das estatais. Nesta quinta, o Ministério da Economia anunciou em nota a autorização de sete PDVs, com a previsão de demitir 21 mil empregados das empresas públicas em 2019, com a previsão de economizar R$ 2,3 bilhões por ano. Outras quatro propostas estão sendo analisadas pela equipe econômica.
Entre as estatais que já anunciaram PDVs estão Correios, Petrobras, Infraero e Embrapa. Por questão estratégica, a Secretaria de Desestatização não divulgou os nomes das outras empresas que estão com PDVs aprovados. Segundo o secretário de Coordenação e Governança das Estatais, Fernando Soares, quem deve fazer esse anúncio são as próprias companhias.
“Cabe à gestão fazer um trabalho junto aos seus empregados para que o PDV seja melhor entendido por eles. É preciso que a área de Recursos Humanos da empresa e a diretoria mostrem os benefícios da adesão ao programa”, disse Soares em nota.
Ele destacou que o objetivo do PDV é reduzir custos, com aumento da produtividade das empresas estatais:
“As empresas estatais devem ter foco em eficiência, produtividade e economia de custos. Temos que primar por uma alocação eficiente do recurso. Toda a nossa ação é nesse sentido de melhorar a entrega dessas entidades para a sociedade brasileira”.
Procurada a assessoria de imprensa da Caixa não confirmou o novo PDV. Nas edições anteriores, foram desligados do banco quase dez mil empregados.
A assessoria do Banco do Brasil (BB) disse que não está nos planos a realização de programas de demissão voluntária. Mas, segundo fontes ligadas ao BB, existe essa possibilidade. A medida, contudo, não seria geral e sim direcionada para alguns setores, a fim de segurar funcionários mais qualificados. A última edição do programa foi realizada em 2016 e resultou em 9.400 adesões.
Fonte: O Globo