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Governo retira concessionárias de água e esgoto da lista de serviços essenciais

A Federação Nacional dos Urbanitários – FNU – repudia veementemente essa atitude desumana do desgoverno Bolsonaro, que se configura em uma irresponsabilidade em meio à pandemia do novo coronavírus e relembra que água é o principal insumo de proteção à propagação da Covid19 e os serviços de água e esgoto são essenciais, reconhecidos pela ONU como direitos humanos fundamentais.

A retirada da captação, tratamento e distribuição de água, bem como de esgoto da lista de atividades essenciais que devem continuar em operação no período de quarentena devido ao coronavírus, causou perplexidade entre as empresas e especialistas que atuam na área.

A exclusão foi confirmada em um decreto emergencial. Para a Associação das Operadoras de Saneamento a medida carrega uma mensagem negativa para a sociedade sobre as prioridades do governo.

O presidente da Abcon, Percy Soares Neto, indica que o esquecimento trata-se de um equívoco, pois a função é crucial para a população, ainda mais em um momento de combate à uma pandemia.

“Não há menor explicação razoável para que água e o esgoto não seja serviço essencial. Nós precisamos é reconhecer a essencialidade, tendo em visto a necessidade de ter as equipes de saneamento na rua, possam ter o seu trabalho facilitado em função disso, seu trabalho agilizado, seja no acesso aos equipamentos de proteção individual, seja no trânsito pela cidade para executar as funções.”

A não inclusão dos serviços no rol de atividades imprescindíveis também causou estranheza em especialistas do setor. O professor do programa de Pós-graduação em Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo, Pedro Côrtes, enfatiza que não só deveriam ser incluídos como seriam necessárias orientações aos municípios.

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