Mais uma vez a população de baixa renda sofre com a inflação, que eleva o custo de vida. De acordo com Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), para as famílias mais pobres, a inflação ao ano chega a 1,50%, enquanto as famílias mais ricas têm efeito contrário, com uma deflação de 0,07%.
Com os anúncios do governo de corte do auxílio emergencial, de R$ 600,00 para R$ 300,00, e o fim da valorização do salário mínimo, a situação se torna mais preocupante. A desigualdade social vai se agravar, já que o cenário de aceleração inflacionaria só atinge as classes mais baixa.
Somente no mês de agosto, segundo o Ipea, as famílias mais pobres, que possuem renda domiciliar menor do que R$ 900,00 tiveram uma inflação com variação de 0,38%. Já os lares com renda maior do que R$ 9 mil tiveram um impacto de apenas 0,10% da inflação.
Resultado de uma política de livre mercado, defendida pelo governo, os alimentos essenciais para o consumo das famílias mais vulneráveis têm sido responsáveis pela alta dos preços. No ano, itens básicos como arroz, feijão, ovos e leite tiveram aumento que variavam de 7,1% a 35,9%.
Fonte: SBBA.