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Leilões celebram entrega do petróleo com retorno medíocre

Na última sexta-feira, 27, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou o primeiro leilão de pré-sal do governo do presidente Michel Temer.

Foram realizadas a segunda e a terceira rodadas de leilões do pré-sal, com o objetivo de entregar o petróleo ao imperialismo. Os leilões ocorreram no luxuoso hotel Grand Hyatt, no Rio de Janeiro, mesmo após a Justiça Federal do Amazonas ter suspendido a venda nessa manhã. A Advocacia Geral da União havia recorrido da decisão, tamanha a vontade de Temer em entregar o pré-sal aos empresários.

Duas áreas não foram vendidas nas 2ª e 3ª Rodadas de Partilha de Produção, reduzindo a arrecadação do governo brasileiro para R$ 6,15 bilhões, R$ 1,6 bilhão a menos do que o previsto (R$ 7,75 bilhões). Embora a Petrobrás tenha ficado com três das seis áreas leiloadas, o dia foi marcado pelo o entreguismo gigantesco de importantes recursos naturais e energéticos do país para as mãos dos tubarões imperialistas do petróleo. Em sua conta no Twitter, o presidente golpista Michel Temer afirmou se tratar de “um dia histórico, que mostrou que o Brasil voltou a atrair o interesse de grandes empresas”.

Setores do capital estrangeiro se animaram com tamanha boa compra para seus negócios a tão baixo custo. A empresa inglesa Shell ficou com duas das seis áreas leiloadas. Já a norueguesa Statoil, ficou com apenas uma área, mas justamente a mais valiosa. Dessa forma, metade do pré-sal leiloada hoje foi parar nas mãos de grandes imperialistas.

Os recursos do pré-sal devem ser totalmente voltados às necessidades da população, não aos lucros privados do capital estrangeiro. É lamentável que metade da reserva leiloada hoje tenha sido entregue de bandeja aos grandes imperialistas. A Petrobrás deve garantir que os recursos energéticos brasileiros fiquem no país e a única forma de se atingir esse objetivo é que ela seja 100% estatal e esteja sob controle da empresa por parte dos trabalhadores, os mesmos que a fazem funcionar todos os dias, e não por parte de um casta política apodrecida e parasitária, que faz da estatal um grande negócio a serviço de empresas privadas e do imperialismo.

 

Fonte: Esquerda Diário

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