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Lucro do Santander cai 46% no 1º trimestre de 2023, com aumento da PDD

O Santander obteve lucro líquido gerencial de R$ 2,14 bilhões no primeiro trimestre de 2023. O resultado representa queda de 46,6% em relação ao mesmo período de 2022.

Um dos impactos negativos sobre o resultado do banco foi o crescimento das provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD), que aumentaram mais do que o dobro em 12 meses (+120,1%), totalizando R$ 10,85 bilhões no trimestre.

Este aumento expressivo do provisionamento provavelmente decorre, em grande parte, do caso da Americanas S.A. A empresa divulgou ao mercado, em janeiro de 2023, Fato Relevante para informar a detecção de inconsistências contábeis em demonstrações financeiras de exercícios anteriores estimadas em cerca de R$ 20 bilhões, dos quais o Santander seria uma das principais instituições afetadas.

A holding Santander encerrou o primeiro trimestre com 53.556 empregados, com saldo de abertura de 561 postos de trabalho em doze meses.

A base de clientes aumentou em 6,8 milhões em doze meses, totalizando 61,6 milhões em março. Em relação à estrutura física, foram fechadas 100 agências e 42 postos de atendimento bancários (PABs) na mesma comparação.

“As mais de 500 contratações foram, sobretudo, de terceirizados. Basta visitar as agências e veremos cada vez menos bancários, e os remanescentes estão sobrecarregados. Em relação às agências, o banco tem apostado na fusão de unidades e aberto pontos de atendimento gerencial com menos funcionários. Em especial nas regiões periféricas há cada vez menos agências.”

Lucimara Malaquias, diretora executiva do Sindicato e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Santander

As receitas com prestação de serviços e renda das tarifas bancárias aumentaram 1,8% em doze meses, totalizando R$ 4,7 bilhões.

Já as despesas de pessoal mais PLR aumentaram 11,4% no período, somando R$ 2,78 bilhões. Assim, em março de 2023, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 169,16%.

Ou seja, as receitas de prestação de serviços e tarifas cobriram mais de uma vez e meia a folha de pagamento do banco.

Mesmo com a queda, o lucro obtido na unidade brasileira do banco representou 18,2% do lucro global que foi de € 2,571 bilhões, alta de 13% em doze meses.

O retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) do banco ficou em 10,6%, decréscimo de 10,1 pontos percentuais em doze meses.

Fonte: SPBancários

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