Por Alex Leite,
diretor do SEEB/VCR.
Como se já não fosse suficiente o anúncio do fim das verbas para os cursos de Filosofia e Sociologia nas universidades públicas, alegando que são matérias que não contribuem para o desenvolvimento do Brasil, em mais uma ação desastrosa, o governo Bolsonaro anuncia o corte de 30% nas verbas destinadas às universidades federais.
O projeto inicial era punir (diga-se perseguir) três universidades que, segundo o ministro da Educação, estavam fazendo “balbúrdia” com o dinheiro público. Questionado pelo Ministério Público Federal (MPF), o ministro recuou e ampliou o corte para todas as universidades do país.
A medida coloca na berlinda todo o presente e o futuro de milhares de estudantes que buscam formação e desejam contribuir para o desenvolvimento científico, econômico e social do país. Com o bloqueio dos recursos, até mesmo o fornecimento básico de água, energia elétrica e limpeza está sendo prejudicado.
Em resposta, alunos e professores já iniciaram manifestações e estão convocando toda a sociedade a participar da greve geral da educação, que deve ocorrer no próximo dia 15. O objetivo é chamar a atenção de todos para o desmonte do sistema educacional público e gratuito, que abre cada vez mais espaço para a privatização do setor.
Com uma política de desvalorização do ensino; previsão de crescimento econômico cada vez mais reduzido; um aumento brutal nos preços do gás de cozinha, gasolina e energia elétrica; o fim do aumento real do salário mínimo; e com um número alarmante de desempregados e subempregados, é fundamental a união de todas a centrais sindicais, dos trabalhadores e de todo povo explorado e oprimido pelas políticas do atual governo, formando uma frente de resistência ao caos em que o Brasil se encontra.
A convocação de uma greve geral para o dia 14 de junho deve unir toda a população, para impedir que este governo destrua o pouco que já conquistamos com muita luta e trabalho.