Prestes a completar um ano, a reforma trabalhista, que entrou em vigor em novembro de 2017, não fez nenhuma diferença ou piorou a situação para a maior parte dos pequenos e médios empresários do país em relação a contratações ou demissões. É o que aponta levantamento do Insper com o banco Santander.
Segundo a pesquisa, 61% dos empreendedores consideram que a reforma não teve nenhuma influência ou influenciou negativa ou muito negativamente na qualidade de suas decisões de contratação ou demissão de funcionários (49,39% consideram que não houve influência; 9,32% dizem que houve influência negativa; 2,35% afirmam que a influência foi muito negativa).
Para 39%, houve influência positiva ou muito positiva (segundo 27,05%, foi positiva; para 11,89% , foi muito positiva).
Na época da reforma, o governo previa que ela facilitaria contratações, combateria o desemprego e melhoraria a economia.
Para outros 11,67%, as novas regras afetaram negativamente (9,32%) ou muito negativamente (2,35%) as condições que envolvem a admissão ou demissão de colaboradores.
Para 38,94% dos entrevistados, as condições ficaram melhores desde a reforma: 27,05% responderam que a nova legislação afetou positivamente suas decisões de contratação e, para 11,89%, os efeitos foram muito positivos.
Trabalho intermitente e terceirização
Criação do trabalho intermitente (em que os trabalhadores podem ser contratados apenas por períodos específicos) e maior flexibilidade na contratação de autônomos para trabalhos fixos estão entre as mudanças promovidas pela reforma trabalhista.
Poucos antes da reforma, também foi aprovada a contratação irrestrita de terceirizados –até então, só era permitido terceirizar atividades que não tinham a ver com o negócio central da empresa, como limpeza ou segurança, por exemplo.
Fonte: UOL