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Os ataques aos trabalhadores devem se intensificar em 2020

Ano novo, problemas velhos e ainda mais graves para classe trabalhadora. A política nefasta do clã do atual presidente, Jair Bolsonaro, tem jogado na fogueira os direitos trabalhistas, sociais e as riquezas ambientais, e demonstrado um grande despreparo para lidar com as relações internacionais. Um pacote que tem deixado o povo brasileiro com a perspectiva de futuro tenebrosa.

O principal projeto econômico desse governo tem sido a venda de empresas públicas para o setor privado a preços irrisórios. Para este ano de 2020, Correios, Telebras, Dataprev, Serpro, Emgea, Codesp, Ceagesp, ABGF, Ceitec, CeasaMinas, Casa da Moeda e setores da Caixa Econômica Federal, são os principais alvos do governo no seu projeto de desestatização, segundo levantamento do portal Nexo.

Além disso, só durante o primeiro ano do governo Bolsonaro, aumentou em 30% o número de focos de incêndio na Amazônia. A maior floresta tropical do mundo teve mais de 89 mil focos de fogo em 2019.

Apesar do desemprego, em 2019, ter alcançado uma queda de 0,2% em relação ao ano anterior, isso só foi possível com o aumento do trabalho precarizado. O trabalho intermitente, gerou 4.173 vagas em 2019, o que representa um crescimento de mais de 141%. Já o trabalho informal tem sido a sobrevivência de mais de 40 milhões de brasileiros. Junto a isso, o custo de vida subiu em mais de 3%, enquanto o reajuste do salário mínimo foi inferior à inflação.

Há em todo o mundo uma articulação para continuar enchendo o bolso dos grandes capitalistas em detrimento da sobrevivência daqueles que trabalham. Em um cenário terrível nacionalmente, o governo brasileiro ainda piora a situação quando se trata das políticas internacionais, a exemplo dos posicionamentos intransigentes de Bolsonaro sobre a França, a Argentina e o conflito entre os EUA e o Irã.

“A sequência de ataques aos trabalhadores, que se iniciou com a reforma trabalhista de Michel Temer, tem continuado com a reforma da Previdência aprovada do governo Bolsonaro e as constantes medidas provisórias editadas por este governo. Primeiro a MP 873/19, que buscava dificultar a contribuição sindical, apenas para tentar asfixiar os sindicatos. Em seguida, o governo editou a MP 905/19, atacando direitos dos trabalhadores (como a jornada de trabalho de seis horas diárias dos bancários) e afrouxando os mecanismos de fiscalização. A cada passo dado pelo governo fica evidente a sua preferência em agradar banqueiros e setores mais elitizados da sociedade, às custas da degradação das condições de trabalho e da desvalorização do salário. Diante desse cenário cada vez mais hostil aos trabalhadores, é fundamental resistir e lutar juntos em defesa dos direitos que conquistamos ao longo dos anos”, considera Leonardo Viana, presidente do SEEB/VCR.

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