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Sindicato debate PLR, vacinação e condições de trabalho com funcionários do BNB

O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região realizou, na tarde desta quinta-feira (29), a Reunião Virtual dos Trabalhadores do Banco do Nordeste. O encontro contou com a participação do conselheiro representante dos funcionários no Caref-BNB, Rheberny Oliveira, do diretor da AFBNB e da FEEB/BA-SE, Waldenir Britto, e do presidente do SEEB/VCR, Leonardo Viana.

Sobre a diferença do lucro divulgado e valor pago na Participação de Lucros e Resultados (PLR), Rheberny Oliveira explicou que o cálculo é feito sobre o lucro líquido, não sobre o lucro recorrente divulgado pelo banco. Além disso, em razão da pandemia, foram feitas provisões prudenciais que ocasionaram no decréscimo de mais de R$ 500 milhões, além da queda do valor de mercado de dívidas imobiliárias, o que também impactou repasse.

O valor a ser pago, conforme o Acordo Coletivo de Trabalho, é limitado ao máximo de 9% do lucro líquido para PLR e 3% para a PLR Social. Contudo, uma cláusula assegura que o montante não pode exceder 25% dos dividendos e juros efetivamente pagos aos acionistas, o que também rebaixa a participação recebida.

“Considerei muito importante o debate hoje com os colegas do BNB da base do Sindicato de Vitória da Conquista sobre a PLR e agradeço o convite. Destaco que o resultado líquido de 2020 foi afetado por fatos não recorrentes, como as provisões prudenciais e o impairment, mas, sem dúvida, o principal vilão na redução de nossa PLR é o limite imposto pela CCE n° 10/95 que estabelece o teto de distribuição a 25% dos dividendos pagos aos acionistas. Ano após ano, essa armadilha que consta em nosso ACT reduz a nossa PLR em praticamente 50%. Nas próximas campanhas salariais, funcionários e entidades representativas precisarão se debruçar sobre este tema e negociar alternativas para que recebamos um reconhecimento justo pelo resultado que alcançamos”, considera Rheberny.

Sobre a PLR, Waldenir Britto entende que o problema só será sanado por meio da força de mobilização dos trabalhadores durante a Campanha Nacional. Ele ainda apontou a questão do debate do plano de cargos, tendo em vista que hoje o valor da comissão é muito significativo.

“Para retirar esse limite, só uma campanha nacional da categoria, num processo de mobilização entre os funcionários do BNB seja forte o suficiente para “convencer” o banco para derrubar esse limitador da PLR. Esse é o caminho que deve ser traçado desde já, no seio da categoria, visando o próximo acordo! Gostaria de destacar que, tão ou mais importante que essa luta pela retirada desse limitador da PLR, para o salário funcional, é a mobilização por um PCR digno de um banco de desenvolvimento, onde a renda das trabalhadoras e dos trabalhadores não fique refém dos valores das comissões, que pode chegar a valer 60% ou mais da renda final. É preciso reverter essa lógica: o valor do cargo tem que ser valorizado! Nessa luta que devemos travar, não podemos deixar de expressar a necessária defesa da instituição enquanto banco de desenvolvimento público e de seu papel destacado da região Nordeste, além da defesa conjunta das empresas estatais! Tais lutas precisam estar na ordem do dia dos funcionários do BNB!”, compreende Waldenir.

Em relação ao combate à Covid-19, foi apresentado o que vem sendo feito a nível nacional, estadual e local para cobrar uma vacinação universal e pública, e pelo reconhecimento da categoria como prestadora de serviço essencial e, por tanto, prioridade que deve ser inclusa na fase quatro de imunização. Os representantes reafirmaram a importância da comunicação ao Sindicato sobre os casos de coronavírus nas unidades, afim de garantir a aplicação de medidas sanitárias.

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