Na manhã desta quarta-feira (27), a diretoria do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região se reuniu com os funcionários do Santander do centro de Conquista, para debaterem as mudanças que vem ocorrendo na instituição.
Após o encontro, o Sindicato realizou uma manifestação com o objetivo de denunciar a reestruturação que o banco vem realizando há alguns anos, com demissões, terceirizações, acúmulo de funções, extinção de cargos e ampliação do horário de atendimento nas agências e da jornada de trabalho.
O Santander obteve lucro líquido gerencial de mais de R$ 4 bilhões no primeiro trimestre de 2022. O resultado representa alta de 1,3% em relação ao mesmo período de 2021, e de 3,2% em relação ao quarto trimestre de 2021. E mesmo assim, continua a adoecer funcionários, gerar sobrecarga de trabalho e instituir metas impossíveis de serem batidas.
Na semana passada o banco foi condenado a pagar R$ 275 milhões por assédio moral e metas abusivas, por conta de uma ação realizada no ano de 2014, em que dois empregados do Santander se afastaram do trabalho por doença mental reconhecida pelo INSS como decorrente do trabalho, praticamente um quadro epidêmico.
O presidente do SEEB/VCR, Leonardo Viana, manifestou seu repúdio com o comportamento do banco que não se preocupa com seus funcionários. “A gente precisa se revoltar, porque é inadmissível um banco de referência e atuação internacional tratar seus funcionários fora do país de um jeito e no Brasil de uma forma muito pior, sendo que aqui estão as agências que mais dão lucro ao conglomerado do Santander. Então é preciso que o banco tenha também essa percepção na hora de tratar seus funcionários e agir de forma igualitária com as pessoas que trabalham aqui do Brasil, garantindo os mesmos direitos dos que trabalham para o Santander Internacional”, conclui.