Mesmo com a afirmação do “rombo” nos cofres públicos difundida pelo governo federal, o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência, apresentado pelo Senado Federal no ano passado, apontou inconsistência de dados e de informações anunciadas pelo Poder Executivo, com objetivo de acabar com a Previdência e criar um campo para atuação das empresas privadas.
Os gastos do governo empenhados para aprovação da reforma da Previdência já chegaram a R$ 150 milhões desde 2017 e devem aumentar ainda mais caso as mudanças nas aposentadorias não sejam aprovadas pela Câmara dos Deputados no próximo mês. O presidente Michel Temer deve abrir os cofres públicos e gastar mais R$ 50 milhões para reforçar campanhas publicitárias até fevereiro.
Em uma entrevista publicada recentemente, o diretor-presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, afirmou que um dos principais temas da economia nacional é o endurecimento das regras para a aposentadoria no Brasil e que “é um tema para este governo e também será para o próximo”.
O interesse dos setores financeiros privados em destruir a Previdência Social demonstra claramente a força do capital privado nas relações com o dinheiro público. “O real objetivo da reforma proposta pelo governo Temer está bem distante do que o anunciado em suas campanhas publicitárias. Com a necessidade de agradar os interesses dos financiadores das campanhas eleitorais – grandes empresários e banqueiros, por exemplo –, quer passar por cima de direitos e da dignidade dos trabalhadores, que terão o acesso ainda mais dificultado à aposentadoria pública”, destaca Alberto Rocha, diretor do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região.
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