Foi aprovado em assembleia, na noite desta terça-feira (27), o fim da greve nas agências da Caixa e do Banco do Brasil da base do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região.
Os bancários demonstraram sua força na assembleia de ontem (26), e apesar da orientação do Comando Nacional pela aceitação da proposta, a autonomia falou mais alto, dando continuidade à greve nesta terça, em grande parte do país.
Mesmo com o fim da greve, a categoria continuará lutando por melhorias nas condições de trabalho em cada banco, combatendo o assédio, fim das metas abusivas e reivindicando por mais contratações, para que a população também deixe de ser explorada e tenha um atendimento digno. “Eu vejo este último dia de greve com muita esperança do fortalecimento da luta da categoria. Fica claro que a base de São Paulo é manipulada por interesses próprios e partidários, e quando a gente nega a orientação e permanece mais um dia em greve, manifesta a nossa insatisfação com a proposta que foi aceita e indicada pelo Comando Nacional. A nossa luta é contínua, pois estamos diariamente em um campo de guerra. Ou você luta, ou é engolido por toda essa máquina financeira, que tem o poder de manipulação das grandes massas em prol dos seus próprios interesses”, afirma a bancária da CEF, Juliana Guimarães.
Foram 22 dias de paralisação, e 100% dos bancos públicos permaneceram fechados durante a greve, na base territorial do Sindicato. Para o presidente do SEEB/VCR, Paulo Barrocas, é preciso que a categoria permaneça engajada e continue lutando contra a exploração dos bancos. “Estamos construindo um movimento com outros sindicatos, para que possamos mudar este padrão de negociação, em que o sindicato de São Paulo e a Contraf, sem consultar previamente as bases sindicais de todo o país, ditam os rumos do movimento. Por isso, a importância dos sindicatos terem autonomia e independência partidária para representar verdadeiramente os interesses dos trabalhadores bancários”, conclui.
A greve continua no Banco do Nordeste nesta quarta-feira, 28.