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Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista protestou contra fechamento de agência do Bradesco Barão do Rio Branco

Manifestação ocorreu em frente à agência Barão do Rio Branco, que será desativada, aumentando a exclusão financeira e a precarização do trabalho na região

O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região (SEEB/VCR) realizou, nesta sexta-feira (6), um protesto em frente à agência do Bradesco Barão do Rio Branco, contra o fechamento da unidade, marcado para o dia 20 de junho. Com o encerramento das atividades, mais de 13 mil contas, incluindo milhares de aposentados e pensionistas, serão transferidas para a agência 270, localizada na Maximiliano Fernandes. Essa será a única agência restante no centro da cidade, que não possui a estrutura adequada para atender toda a nova demanda.

Mesmo com um lucro nacional de R$ 19,6 bilhões em 2024, o Bradesco continuou fechando agências e demitindo funcionários em todo o país. No ano passado, a instituição demitiu 2,2 mil trabalhadores e encerrou as atividades de 2.305 agências, 728 postos de atendimento e 728 unidades de negócios.

A vice-presidente do SEEB/VCR, Sarah Sodré, concedeu uma entrevista à TV UESB durante o ato, reforçando o prejuízo aos bancários e bancárias: “Esse anúncio cria um clima de insegurança e incertezas em todos os seus funcionários, pois eles não sabem como vão ser migrados para a nova agência e, além disso, serão mais de 13 mil clientes, dentro desses pensionistas e aposentados do INSS, que também serão migrados.” Os vigilantes e profissionais da limpeza estão em aviso prévio, então o banco demonstra que não tem uma preocupação com seus funcionários e não tem um compromisso com os seus clientes, pois em nenhum momento ele anunciou melhoria da agência 270 para receber esse fluxo.”

Lucro cresce a partir das demissões e fechamentos de agências

Na região de Conquista, o banco concentrou 41% das demissões da categoria bancária em 2024 e já havia fechado agências em Tanhaçu, Anagé, Rio de Contas, Nova Canaã, Bom Jesus da Serra, Potiraguá e Tremedal. Além disso, a instituição anunciou planos para encerrar operações em Ibicuí, Maetinga, Macarani, Maiquinique, Contendas do Sincorá e Ribeirão do Largo.

Em abril deste ano, o SEEB/VCR já havia organizado um protesto contra as demissões em massa e o fechamento de agências, mantendo a unidade da Maximiliano Fernandes fechada até o meio-dia.

Paulo Barrocas, Secretário Geral do SEEB/VCR, discursou durante o protesto, falando sobre os danos à população: “O Bradesco está fechando diversas agências sem se importar com o dano que vai causar para a população. Os aposentados e pensionistas, que cada vez mais vão sofrer com as grandes filas. O banco deveria ter muito mais funcionários, pois o pagamento de aposentadorias é uma concessão pública que o governo dá para atender a população e, ao invés de atender a população com respeito e dignidade, vem demitindo mais bancárias e bancários e deixando os idosos à mercê de filas imensas.”

Aumento das demissões gera adoecimento na categoria

O banco tem aumentado a pressão sobre os funcionários com metas abusivas, transferindo a carga de trabalho dos demitidos para os que permaneceram. Isso tem levado a um adoecimento coletivo e a condições de trabalho insustentáveis. Dados do sindicato mostram que 81% das Comunicações de Acidente de Trabalho (CAT) na região são do Bradesco, o maior índice entre os bancos locais.

O SEEB/VCR alertou que o fechamento das agências agrava a exclusão financeira, principalmente em cidades menores, onde os serviços bancários presenciais são essenciais para idosos e pequenos comerciantes. A migração forçada para canais digitais desrespeita as necessidades da população e força clientes a buscarem atendimento em locais distantes.

O sindicato reforça que o lucro do banco não pode vir às custas dos trabalhadores e da população de Vitória da Conquista. 

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